quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O EXTRATIVISMO DA FELICIDADE

Meu Bem, Eu sou tão feliz contigo.

Acho que 10 em cada 10 casais de namorados já atestaram essa frase diante de seu companheiro (a); Seja para torná-lo satisfeito ou mais feliz, seja como quesito de informação.
Iniciei com essa frase, pois hoje gostaria de discutir alguns pontos que eu acho importantes na construção do alicerce dos namoros.

Alguns dos meus amigos até admiram minhas filosofias e conceitos; Mas devo concordar com eles que sou péssimo na hora de estruturar as idéias a serem passadas. Para facilitar meu trabalho, tentarei seguir uma linha que chamarei de “ Linha relacional do namoro”, a qual se vai desde a paquera e até, para alguns, o inevitável fim.

Na minha visão masculina, e de muitos colegas e amigos, o status de solteiro é, por muitas vezes, admirado. Isso torna possível a fusão de outro status; O de caçador. É fato que os homens se sentem mais (H)omens quando estão nessa posição. 
No entanto, existe um momento em que se percebe que está faltando algo.  O mais engraçado é que nós percebemos justamente quando encontramos;  Quando encontramos nosso “PAR”.  
Todavia, algumas vezes, as motivações ao investir em um namoro são um pouco distorcidas. Isso se dá por uma série de possibilidades.  Mencionarei aqui algumas.
Para muitos, o fato de estar apaixonado é motivo suficiente para investir naquela pessoa.
 “
Ué? Ele é honesto, carismático, bonito, tem bom caráter, .... Por que não?”  Ou: “Poxa, ela gosta tanto de mim,  tem boa índole e tem cabeça feita... Talvez dê certo?”; “ Por que não? Ela é gente boa.”

Escrevendo isso eu me perguntei: “- Mas não é isso que se deve procurar em uma companheira(o)?”. Concordo plenamente;

Mas isso é o suficiente para se iniciar uma aproximação afetiva?

Acredito que, antes de pensarmos em adentrar no terreno do coração alheio, devemos procurar saber o quanto somos capazes de suportar passar por aquele terreno.

Siga minha analogia:

“O coração do outro é como uma terra que está acostumada a receber apenas umas espécies específicas de cultura de plantação. As plantas que o dono do terreno planta.
Investir em um relacionamento amoroso é como se você arrendasse essa terra. Você poderá usufruir de muitas dessas plantas que estão lá. Porém, talvez você ache que algumas não trarão riqueza para aquela terra e terá que arrancá-las; Muitas delas terão raízes profundas que darão muito trabalho para serem retiradas;  
Até as que você gosta exigirão esforço, pois necessitam serem regadas e podadas.  E ainda existirão lugares sujos nessa terra, cheio de mato e formiga, que vai ser doloroso pisar lá para poder torná-lo fértil.”

Investir em um namoro é semelhante a isso; Não é só entrar e ficar aproveitando a sombra e o fruto das árvores. É esforçar-se para cuidar das qualidades do outro e buscar conservá-las e deixá-las mais belas. É também sofrer lutando para conseguir mudar alguns pontos considerados falhos. É descobrir o lado podre do outro e, até se assustar, mas seguindo em frente para transformá-lo e torná-lo alguém melhor.
Mas lembre-se:  Esse terreno é ARRENDADO. Talvez o que você queira mudar o dono não deixe você mexer. Talvez esteja bom, na visão do dono.
Assim, cabe a você escolher continuar ou não nesse terreno.

Continuando com a analogia:

“ Sair de um namoro tem sido como o fim do contrato do arrendamento. Porém o terreno arrendado já foi desfigurado, árvores antigas arrancadas. Algumas árvores, que o dono tinha como preciosas, foram derrubadas pela julgamento do inquilino. O terreno não é mais como era quando o proprietário arrendou. Sementes de algumas plantas foram deixadas para trás. Quem sabe quais frutos elas vão gerar? Será que o terreno não vai ficar desgastado pela forma que foi usado? Será que ainda “dá” alguma coisa lá, ou ele será tomado por praga e mato?”

Eu fico impressionado a facilidade com que vejo namoros começando e acabando. Não sei se sou preconceituoso, quadrado, antiquado... sei lá!
Sei que, ao meu ver, é tão estranha a capacidade que as pessoas tem de usar o outro como instrumento de felicidade própria. Isso mesmo; Uma espécie de extrativismo da felicidade. Suga-se tudo daquele terreno; Quando não serve mais, Vai embora.

“ Eu estou com ela, eu estou tão feliz; Bom agora não está dando mais certo; Eu não sou mais tãaaaaao feliz como antes. Então termina. Simples assim. Não é?”

Bem, acho que alguém que age assim é um baita de um(a) egoísta... Mas, isso não vem ao caso.

O fato é que o coração do outro é uma terra frágil, incerta, que até se conhece; Todavia se conhece pouco.  Não sabemos o que nos espera ao entrarmos; Não imaginamos o que deixaremos para trás ao sairmos.
Está vendo o tamanho do texto? Pois é; Relacionamento é complicado. Por isso, muitos preferem apenas cultivar uma “Hortazinha”;  Ali no “pezinho” do portão mesmo... Não precisa entrar muito, não.
Para esses e para todos os outros eu deixo uma frase que ficou em minha mente, e que muitas vezes guia meu namoro de mais de 4 anos com minha Linda-Flor.

“ Eu não estou com ela para ser feliz. Estou com ela para fazê-la feliz.”
Luciano Huck para Angélica

Relacionamento antes de tudo é abrir mão. A felicidade do outro acima da minha.

Mas você pode ficar com aquela pessoa só pra matar a vontade de dar uns beijinhos, de ter aquele abraço...
...só pra sossegar a paixão, a ansiedade e a curiosidade.

SÓ PRA SER FELIZ.

Vai lá... Ela é gente fina!



>>> Comentem! Seja bom ou Ruim.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Início

A reflexão deveria ser uma atividade praticada por muitos.  É de grande valor a atitude de pensar nas razões pelas quais acontecimentos que nos cercam acontecem.

Por quê? Como? Qual o objetivo disso? Isso é realmente verdade? Seria possível isso acontecer? E se acontecesse? E se não...?

Assim como essas, muitas outras interrogações deveriam fluir em nossa mente juntamente com o processo sensorial da percepção das atitudes. Quando refletimos sobre o que nos rodeia, começamos a entender a nós mesmos.  Olhando para meio e buscando entender sua dinâmica, somado a percepção de o quanto estamos inseridos nesse meio, somos capazes de entender o que está por trás de muitos eventos no nosso cotidiano.
Isso nos torna mais sábios e menos susceptíveis às frustrações relacionais, uma vez que fica mais simples entender o coração das outras pessoas. Somado a isso, podemos mencionar a evolução na capacidade de interpretar os enigmas da vida; Entendendo-a e passando a valorizá-la.
Por esses, e por muitos outros motivos, refletir é um procedimento tão valioso para todo o Ser humano.

:: A POSIÇÃO DO BLOG
                O BLOG, de maneira alguma, visa apresentar VERDADES sobre a vida. De modo algum serão mostradas opiniões e análises classificadas como questão encerrada. Pelo contrário; O Blog muitas vezes apresentará pontos de vista sobre uma situação e, no post seguinte, poderá apresentar outros pontos antagonistas ao anterior. Isso é fruto do que classificamos como: Evolução Reflexiva Dinâmica, que é contrária ao que chamaremos que Evolução Reflexiva Estática, que se baseia em pensamentos “engessados”; Incapazes de se curvar à conceitos mais abrangentes e excelentes que os seus.
                Em resumo; O Blog buscará apresentar alguns pensamentos dotados de algum conteúdo filosófico, os quais nem sempre serão aceitáveis; prezando pela imparcialidade, podendo apresentar inclinação para alguma corrente de pensamento. Cabe ao leitor misturar as reflexões apresentadas juntamente de outros conceitos valiosos, retirando as devidas sujeiras para construir um tesouro valioso... 

A SABEDORIA.

Autor: Anderson Oliveira

P.S.:  Se possível deixem comentários. O seu retorno é o que alimentará a evolução deste projeto.
:: Obrigado.